13 de maio de 2011

Essential Killing é daqueles filmes que sabem a pouco. Porquê? Porque está tão perto mas tão perto de ser tão grande, um grande filme, e pelos momentos espalhados pela hora e vinte e cinco minutos do filme onde Skolimowski envereda por alguns clichés (comer formigas e outras merdas do género), pelos flashbacks que me parecem desnecessários, por uma certa ausência de crueza, de frieza e de brutalidade que me parece faltar ali tanto na imagem como na narrativa. Por isso sabe a pouco, porque podia ser tão grandioso mas tão grandioso…
Thriller onde os diálogos são escassos porque não fazem falta nenhuma, o argumento é das coisas mais simples que há porque da simplicidade nascem as obras mais poderosas, seguimos o homem em busca de algo que ele sabe que não vai encontrar, a salvação (porque ele está perdido no meio do nada onde nem sequer sabe onde fica esse nada, perseguido pelo exército americano, ferido e cada vez mais esfomeado e enregelado pela neve), e seguimos esse homem na sua luta permanente pela sobrevivência. Ali não há bons são todos maus, a merda é toda a mesma, só muda a nacionalidade, só muda o poder dos homens (nada mais verdadeiro). Essential Killing é um bom filme, mas tinha potencial para ser tão melhor!

3 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Olha, acabamos de escrever sobre o mesmo filme... :p mas não fiquei com essa sensação.

Álvaro Martins disse...

eheh é verdade :) não ficaste com qual sensação? De que podia ser um grande filme?

João Raposão disse...

eu gostei bastante. os movimentos de câmara quando ele está de rastos a tentar subir as colinas (?) de neve são muito bons, assim como o som e ruído. e não achei os flashbacks nada cliché, nem as formigas. até porque a seguir mete-nos o Gallo a mamar e regorjitar sobre uma mama.

abraço