24 de maio de 2011

Drums Along The Mohawk (1939)
John Ford

Ford O cineasta, o lírico dos líricos, patriótico dos patrióticos, poeta das imagens e dos sentidos, cineasta da história da América em toda a sua plenitude, toda a sua monumentalidade, toda a sua grandeza. Drums Along The Mohawk é um portento de filme, coisa irascível na monstruosidade da negrura do cinema e da história da humanidade, coisa que brota tão dentro mas tão dentro da visceralidade do homem, que do sonho do homem foi capaz de triunfar, do nascimento duma nação que luta e resiste por um pedaço de terra (legitimamente ou não face aos índios isso já é outra história), glorificação dessa nação. Drums Along The Mohawk é o filme mais americano que pode haver, mais glorificante, mais apaixonado, mais exaltante, mais patriótico que pode haver no cinema americano. A exaltação da Revolução Americana, o nascimento de uma nação, é isso que é Drums Along The Mohawk, o brotar ou o irromper duma nação das trevas e do fogo e da animalização duma guerra, a conquista do território, o primeiro americano. Ford o maior dos maiores, o contador de histórias, o sentimentalista dos pequenos gestos, o glorificador da sua pátria. Ford O cineasta americano.