Ontem vi pela primeira vez Young Mr. Lincoln. Ainda estou a pensar no filme, em tudo o que simboliza este grande filme. Mais que a história do primeiro caso do futuro presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, ainda como um jovem advogado, mais do que todo o patriotismo inerente, mais do que todo o lirismo de Ford, mais do que todo o sentimento de humildade e tranquilidade que Ford atribui a Lincoln; mais importante do que tudo isso é o sentido humanista que Ford confere ao herói americano. E o silêncio daquela mãe é a principal revelação desse sentido humanista que Young Mr. Lincoln (e quase todas as suas obras) acarreta. Político? Talvez, o patriotismo assim o reclama (e não esqueçamos que nessa altura estalava uma segunda guerra mundial), mas acima de tudo humanista e harmonioso.
E depois aquela cena do assassinato onde, na verdade, nada sabemos sobre o verdadeiro autor do crime. Até ao final onde Lincoln tudo descortina, o espectador sabe tanto como todas as personagens de Young Mr. Lincoln. A beleza com que Ford filma a cena do assassinato, num plano distante e fixo. A luz desse momento (e outros), o contracampo.
4 comentários:
Todos os filmes de John Ford me deixam ansioso para descobri-lo (ainda não vi nada dele)... mas estará para este mês ;)
(se me permites: futuro*, foi um errozito que deste)
Descobre Flávio. Para mim foi o maior dos maiores americanos.
Quanto ao futuro*, obrigado pela correcção. É o que dá escrever à pressa e não rever o texto ;)
"De alguém que ama o seu país, que ama o cinema." completamente de acordo João ;)
João, é principalmente pela faceta humanista que creio que Ford me impressionará. Estou impelido a começar com As Vinhas da Ira, logo depois é o que me surgir à frente :)
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