8 de junho de 2010

Baran (2001)











É inevitável a minha crescente admiração pelo trabalho de Majidi, pela forma de contar uma história por mais simples que seja (o que não acontece neste Baran). A fé inerente, a esperança que transborda naquele caos social iraniano. Realista mas com um sentido poético e lírico de fazer inveja a muito cineasta que anda por aí. Humano, verdadeiramente humano. Baran é o relato da exploração operária, da sobrevivência dos afegãos refugiados no país vizinho. É a miséria transposta para o ecrã. A moralidade está sempre presente em Majidi, a crítica ao meio social, a sua preocupação nas minorias (em Rang-e Khoda é o cego, aqui são os refugiados afegãos). E depois o amor, a compaixão dos seus personagens, a humanização de alguns e a desumanização de outros. Por fim, Baran apresenta planos fabulosos, quer sejam planos fixos quer planos-sequência. Muito bom.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ja me tinham aconselhado o cinema de Majidi e agora com mais uns pontos a favor parece que vou ter mesmo de os ver...

(onde o arranjaste?)

Álvaro Martins disse...

http://isohunt.com/torrent_details/47793585/baran?tab=summary