12 de junho de 2010

Avaze Gonjeshk-ha (2008)











Rang-e Khoda trata duma criança cega, de tudo o que acarreta essa condição; Bacheha-Ye Aseman ainda é mais simples, remete-nos à candura infantil e àquilo que um par de sapatos pode originar; Baran foca-se nos refugiados afegãos, na luta pela sobrevivência, na miséria. Aqui, Majidi centra-se na avaria dum aparelho de surdez, na fuga duma avestruz do seu cativeiro e naquilo que isso acarreta para aquele pai de família. Em todos estes filmes de Majidi está presente um sentido humano, o amor pelo ser humano. Essencialmente, o retracto do meio social onde se inserem todas estas histórias, meio social comum em todas as obras do iraniano. A pobreza, a luta pela sobrevivência, o desemprego, enfim, a crítica social. Mas o mais importante em todo o cinema de Majidi é o amor, a humanização dos seus personagens, a força interior que todos eles possuem para enfrentar as adversidades da vida. Como disse no texto de Baran, o cinema de Majidi é realista mas com um forte sentido poético. Maravilha de cinema.

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