Em 1936 Charlie Chaplin fazia Modern Times, sátira social da industrialização, do avanço do modernismo, da sua exploração e mecanização humana. Crítica mordaz da burguesia. Cinco anos antes, René Clair fazia este A Nous La Liberté, a mesma crítica, a mesma melancolia romântica e o mesmo anti-herói. Comédia clássica sobre a ociosidade (engraçado que ontem vi este e Alexandre Le Bienheureux de Yves Robert, e, ambos exaltam a ociosidade como radicalização extremada da liberdade). Ao ver A Nous La Liberté lembrei-me de Boudu Sauvé Des Eaux de Renoir. E porquê? Porque ambos expõem a imutabilidade do seu anti-herói relativamente à sua ociosidade. Porque ambos a tratam como liberdade extremada do indivíduo. Mas distinguem-se na sua romantização, no espaço que o amor ocupa aqui (Clair) e abandona em Boudu. E não esquecer a inovação das técnicas do som que Clair efectua aqui.
9 de dezembro de 2010
A Nous La Liberté (1931)
Em 1936 Charlie Chaplin fazia Modern Times, sátira social da industrialização, do avanço do modernismo, da sua exploração e mecanização humana. Crítica mordaz da burguesia. Cinco anos antes, René Clair fazia este A Nous La Liberté, a mesma crítica, a mesma melancolia romântica e o mesmo anti-herói. Comédia clássica sobre a ociosidade (engraçado que ontem vi este e Alexandre Le Bienheureux de Yves Robert, e, ambos exaltam a ociosidade como radicalização extremada da liberdade). Ao ver A Nous La Liberté lembrei-me de Boudu Sauvé Des Eaux de Renoir. E porquê? Porque ambos expõem a imutabilidade do seu anti-herói relativamente à sua ociosidade. Porque ambos a tratam como liberdade extremada do indivíduo. Mas distinguem-se na sua romantização, no espaço que o amor ocupa aqui (Clair) e abandona em Boudu. E não esquecer a inovação das técnicas do som que Clair efectua aqui.
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Nunca antes um filme foi tão sublime, tão esplêndido. Magnífica obra-prima de Milos Forman que junta a melhor obra do realizador tal com...
1 comentário:
Duas palavrinhas apenas mas que valem por um livro de 500 páginas acerca deste filme: «clássico obrigatório»!
Cumps.
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