Gostei disto (apesar de cair em dramatismos artificiais e clichés), gostei das interpretações de Harrelson e Ben Foster (muito boas), da isenção da guerra. Porque The Messenger é sobre a morte e sobre o amor. A guerra, o “estado de guerra” desta América é o palco temporal do filme. Mas é isento, foge de qualquer julgamento quanto à legitimidade da guerra. Aqui o que importa é aquela missão de notificar os familiares do morto, aqui o que importa é a relação emocional (notificador/familiar) daquele momento em que a notificação é feita, aqui o que importa é a (re)descoberta do amor por aquela viúva (e traz junto uma (i)moralidade). Aqui trata-se de filmar os efeitos da guerra fora da guerra, nos civis, nos familiares. Podia ser melhor, falta ali mais frieza, mais solidez narrativa, menos diálogo desnecessário, menos embelezamento, mas superior a qualquer Hurt Locker, Brothers ou mesmo In The Valley of Elah.
Sem comentários:
Enviar um comentário