The Man Who Shot Liberty Valance é um portento de filme. É o western sem o ser, o filme de cowboys que anuncia o fim destes, a sua extinção. John Ford aclama mais uma vez a lei e a ordem. A democracia. Mas The Man Who Shot Liberty Valance é, além de patriótico como o resto de toda a sua obra, politicamente correcto. E politicamente correcto nos valores éticos e morais. No dever cívico, na luta contra a injustiça, contra a opressão, na reclamação da ordem, da liberdade de expressão, na proclamação da civilização, do civismo. Stewart é extraordinário como Ransom Stoddard (mais que Wayne como Tom), é mais uma brilhante prova do grande actor que foi. E o amor de uma mulher, a força de Vera Milles como Hallie. E sobretudo a forma como filma, os planos belíssimos que Ford criava. A beleza dos seus planos, a forma esplêndida como filma o céu e o horizonte, símbolos máximos do seu cinema juntamente com a terra, esse símbolo de poder, de glória, de honra, de homem de família. A terra tinha muita importância para Ford, a propriedade, a nação, a pátria. A mística que a terra assume. E as sombras e a luz, o contraponto que estas assumem, os rostos. Já o vi três ou quatro vezes e só me lembro de dois filmes de Ford que me agradem mais, How Green Was My Valley e The Grapes Of Wrath.
9 de abril de 2010
The Man Who Shot Liberty Valance (1962)
The Man Who Shot Liberty Valance é um portento de filme. É o western sem o ser, o filme de cowboys que anuncia o fim destes, a sua extinção. John Ford aclama mais uma vez a lei e a ordem. A democracia. Mas The Man Who Shot Liberty Valance é, além de patriótico como o resto de toda a sua obra, politicamente correcto. E politicamente correcto nos valores éticos e morais. No dever cívico, na luta contra a injustiça, contra a opressão, na reclamação da ordem, da liberdade de expressão, na proclamação da civilização, do civismo. Stewart é extraordinário como Ransom Stoddard (mais que Wayne como Tom), é mais uma brilhante prova do grande actor que foi. E o amor de uma mulher, a força de Vera Milles como Hallie. E sobretudo a forma como filma, os planos belíssimos que Ford criava. A beleza dos seus planos, a forma esplêndida como filma o céu e o horizonte, símbolos máximos do seu cinema juntamente com a terra, esse símbolo de poder, de glória, de honra, de homem de família. A terra tinha muita importância para Ford, a propriedade, a nação, a pátria. A mística que a terra assume. E as sombras e a luz, o contraponto que estas assumem, os rostos. Já o vi três ou quatro vezes e só me lembro de dois filmes de Ford que me agradem mais, How Green Was My Valley e The Grapes Of Wrath.
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Nunca antes um filme foi tão sublime, tão esplêndido. Magnífica obra-prima de Milos Forman que junta a melhor obra do realizador tal com...
4 comentários:
Ainda não vi. É mais um daqueles que tenho aqui, mas ainda não calhou.
Mas há-de chegar o dia. xD
A verdade e a lenda. Para cada uma delas há um "man who shot liberty valance", stewart e wayne. É muito bom, o filme. O meu Ford preferido é o "The Last Hurrah" mas ainda tenho de ver o "How Green Was My Valley" de que falas aí e de rever o "The Searchers", também...
Pedro, vê o filme. Não te vais arrepender certamente :)
João, muito bem dito, a verdade e a lenda. Ainda não vi nenhum desses dois, mas o The Searchers é um dos que estou mais inclinado para ver. Ainda me faltam ver bastantes Fords ;)
Sim, Ford foi o maior de todos os norte-americanos. Capra e Hawks também não ficam longe, mas Ford foi indubitavelmente o maior.
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