Um filme de Carl Theodor Dreyer
30 de junho de 2009
29 de junho de 2009
Praéjusios Dienos Atminimui (1990)
Um filme de Sharunas Bartas
Sempre me pareceu que antes de Bartas querer fazer cinema, ele quer denunciar o subdesenvolvimento do país, o que ficou do pós URSS. E "Praéjusios Dienos Atminimui" é isso tudo, esse cinema cru e rude de Bartas, esse cinema poético, realista e anti-fictício do lituâno que acima de tudo se preocupa e se direcciona para essa vertente sociopolítica do seu país. E "Praéjusios Dienos Atminimui" traz religião, traz a fé como fenómeno social de um país em plena miséria.
28 de junho de 2009
27 de junho de 2009
A Streetcar Named Desire (1951)
26 de junho de 2009
Fight Club (1999)
25 de junho de 2009
Dealer (2004)
Um filme de Benedek Fliegauf
É o segundo filme de Fliegauf que vejo e confesso que estava bastante curioso em vê-lo. Isto, porque depois de ter visto “Tejút” (completamente diferente deste e que é posterior a este – mais propriamente de 2007), fiquei com vontade de ver mais trabalhos deste cineasta húngaro que neste “Dealer” se revela brilhante. Como o título indica, o filme é sobre um dealer, mais propriamente sobre os seus últimos dias.
E o que é que o filme tem de especial? Tudo. Desde o argumento à destreza da câmara, desde os actores à imagem, desde a luz ao som. De facto, nunca vi um filme sobre droga tão brilhante. “Dealer” é, e digo-o com toda a certeza, uma obra-prima.
Mais importante que todo o trabalho que Benedek Fliegauf desenvolveu aqui, é a influência de Tarr em todo o filme. Do pouco que vou conhecendo deste novo cinema húngaro, Kornél Mundruczó incluído, a influência da mise-en-scène de Béla Tarr está sempre presente. Portanto, o grande trunfo de “Dealer” é esse, os travellings que Fliegauf assume em quase todo o filme como se de um filme de Tarr se tratasse. A calma com que a câmara desliza, o som de fundo que assola quase todos os momentos do filme. Para dizer a verdade, e voltando a Tarr, se o filme fosse a preto e branco e desconhecendo o seu autor, diria com toda a certeza que se tratava de um filme de Béla Tarr. Mas não, tratasse de uma obra de Fliegauf e com todo o mérito para o senhor. Porque o filme não é só brilhante devido à sua mise-en-scène. “Dealer” é completamente diferente do que estamos habituados. É um filme sobre droga mas não sobre os drogados. Mas mais que isso, é um filme completamente impressionante. Fliegauf filma o dia deste dealer num ambiente claustrofóbico, negro e realista. Ele filma aquela cidade como se de uma cidade deserta (ou quase) se tratasse. Ele consegue dar a ideia de um mundo alienado, um mundo à parte, embora real. Um mundo onde a droga comanda. Na verdade, o ambiente criado pelo húngaro desde o início do filme é uma atmosfera depressiva, onde a dor abunda. Desde o amigo que está numa cama de um hospital com o corpo todo queimado e que implora por um último chuto, passando pela ex-companheira que tem uma filha supostamente sua e o chama para lhe dar heroína até um cliente que diz querer largar a droga mas que se contradiz pedindo-lhe mais, todo o ambiente de “Dealer” respira depressão, dor e miséria. Mas ele recusa moralismos, o próprio dealer alheia-se às responsabilidades, à realidade, até à última cena onde tudo fica mais claro, onde a moralidade vem ao de cima.
E Fliegauf faz um filme minimalista onde se preocupa com cada detalhe do filme, com o som, a fotografia, a câmara, os diálogos. Fabuloso.
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Nunca antes um filme foi tão sublime, tão esplêndido. Magnífica obra-prima de Milos Forman que junta a melhor obra do realizador tal com...