Um filme de Sharunas Bartas
Sempre me pareceu que antes de Bartas querer fazer cinema, ele quer denunciar o subdesenvolvimento do país, o que ficou do pós URSS. E "Praéjusios Dienos Atminimui" é isso tudo, esse cinema cru e rude de Bartas, esse cinema poético, realista e anti-fictício do lituâno que acima de tudo se preocupa e se direcciona para essa vertente sociopolítica do seu país. E "Praéjusios Dienos Atminimui" traz religião, traz a fé como fenómeno social de um país em plena miséria.
2 comentários:
é-me um pouco complicado comentar um filme do Bartas, porque considero que nunca o compreendi totalmente. Presumo também que pela falta de comentários muita gente sente o mesmo que eu.
Posso dizer que gosto, que sinto algo quando vejo um filme dele que não consigo clarificar. Poderá ser das imagens rudes ou da forma como a "realidade" é analisada.
Sim, Bartas é peculiar. Tanto pela sua visão do mundo, mas também pela forma de contar uma história. Mas é indubitavelmente um dos meus cineastas preferidos. Complicado, sim, mas atractivo. Para mim e para quem goste de cinema. Mas considero que Bartas dá muito valor às expressões faciais, ao comportamento humano em detrimento da palavra e isso é que faz com que o seu cinema seja mais difícil. E sim, quase todos os seus filmes são rudes, crus, lentos e sobretudo existenciais.
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