Um filme de Bertrand Tavernier
“In The Electric Mist” deixa muito a desejar como filme de um nome tão sonante como Bertrand Tavernier. Sabe a pouco, evoca desilusão…e muita. Filme policial, dum psicologismo surrealista que chega e não passa dali. Tavernier quis fazer um thriller psicológico onde mistura esse ambiente policial e um surrealismo banal que mais lembra fantasia. De facto, “In The Electric Mist” vive desse cariz psicológico e por isso desilude. Tavernier parece interessar-se pelos sons, pela natureza, pelas pessoas e as lendas do Sul da América, em particular deste Louisiana. E em boa verdade digo que esse é o grande trunfo do filme, essa vertente naturalista que Tavernier tenta aplicar. Porque todo o psicologismo e surrealismo que o cineasta traz com as visões de Tommy Lee Jones não correspondem ao que ele tenta mostrar. Diria até que Tavernier faz um filme cheio de clichés, o detective ex-alcoólico, o mafioso que chega a ser ridículo, a produção de um filme naquela localidade exactamente no local onde um dos crimes é investigado. E Tommy Lee Jones já teve melhores dias, não denegrindo por completo a sua interpretação. Mas a verdade é que tem uma representação apática, cansada e abatida num violento e ex-alcoólico xerife de uma pequena localidade. Mas um filme de Tavernier nunca é fraco, é sim um filme menor.
1 comentário:
Poucos filmes abordam a devastação que se encontra o sul dos EUA como, " As Margens De Um Crime - In the Electric Mist".
O Sul dos EUA hoje é uma das regiões mais abandonada pelo governo americano, devido a predominância de negros ali residentes, característica do seu passado colonial acrescido pela devastação do Katrina.
Quem assistir ao filme verá que o agravo as situação local com o furacão é toda hora mencionado na história, mostrando como a população local vem enfrentando dificuldades até hoje.
Vários diálogos entre o Detetive Dave Robicheaux (Tommy Lee Jones) e as pessoas próximas a ele deixam isso evidenciado.
gostei muito desse filme e indico.
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