Zhang Yimou
“Huozhe” ou “Viver” em português foi um dos meus primeiros filmes asiáticos, tempo de descobertas como “A Tríade de Xangai” (também do Yimou) ou “Chungking Express” do Wong Kar-Wai. “Viver” é um épico, o trajecto de um casal durante a vida inteira, uma época, é uma estória de vida mas acima de tudo de sobrevivência. É o viver a vida independentemente da nossa classe social, porque o que realmente interessa é viver, lutar por uma vida digna, sobreviver. É um filme sobre a vida, a morte, o amor, o sacrifício, a dor, a redenção, o ser humano, a China e a sua Revolução Cultural. Grandioso, retrato histórico dum país que com Mao Tsé-Tung e a sua Revolução Cultural se transformou completamente, é um olhar sobre as diversas vidas no antes, durante e pós Revolução Cultural Chinesa, uma reflexão na sua doutrina e no seu efeito de causa, é uma história de um casal que vai de donos de terras a plebeus, é o azedume da vida ali exposto, as próprias vidas e a passagem do tempo, o que se perdeu, o que se ganhou, a dor, a ferida, depois a cicatrização dela, da própria dor, da vida, como as pessoas se resignam, obrigatoriamente, e, viver acima de qualquer outra coisa.
2 comentários:
Já, também é deste Zhang Yimou. Não o acho tão bom quanto este, mas também é grande filme. São diferentes, o Herói é mais visualmente espectacular que este.
Abraços
*Este post e respectivo texto foram alterados nesta data.
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