14 de maio de 2009

Christiane F - Wir Kinder Vom Bahnhof Zoo (1981)

Um filme de Uli Edel



Cru, chocante, marginal, duro, um retracto assombroso do maior flagelo mundial, a droga. Real, muito real, um trajecto perturbador pelo mundo degradante em que um drogado mergulha. Muito crítico a uma sociedade decadente, a uma falta de acompanhamento paternal e maternal, muito bom. Excelente interpretação de Natja Brunckhorst no papel de Christiane. Mais uma vez uma grande recomendação do LN que, depois de eu ver o filme, me força a concordar com ele.

LN, mesmo assim não me deixou tão extasiado como o Requiem.

6 comentários:

LN disse...

Não perdes um segundo! Ainda bem que gostaste.

Pois... o problema do Requiem é deixar extasiado. Os Playboyzinhos também não lhe dão especial marca. Facilmente "esquecíveis". Vive aí, nunca acrescenta mais, a não ser fazer da acção um terceiro campo visual. Distinto. Tem todo o mérito, óbvio. E a fusão com a banda sonora é sublime, no mínimo. Tal como o PI, que gosto bastante. Acho também o Aronofsky um dos mais competentes e interessantes realizadores no cinema moderno.

Este Wir Kinder, para além ser uma adaptação brilhante, a realização faz tudo para ainda crescer mais... o urbanismo sujo, a delinquência, os bares, o borbulhar de emoções, a atitude naturalista, o acne juvenil, as estações ferroviárias e o cheiro a óleo... que queres mais?

:)

Álvaro Martins disse...

Sim, o Pi e o Requiem são os melhores filmes dele. E é essa fusão de que falas entre a música e a imagem, os planos fabulosos e o ritmo frenético do filme que fazem dele muito bom. Confesso que se tornou muito badalado, comercial até, mas continua a ser muito bom.

Quano a este Wir Kinder está tudo dito. Gostei muito.

Unknown disse...

É um filme jeitosinho mas para quem foi teenager no tempo era cool ler o livro saberá sempre a pouco, muito pouco.
Aos anos que não me lembrava dele!

Álvaro Martins disse...

Ritinha,

pois...não li o livro, mas são raras as adaptações cinematográficas que conseguem superar os livros.

João,

Sim, impressiona muito. E é mesmo muito cru e particular na sua visão do mundo da droga.

Quanto a Aronofsky e os seus Requiem e The Wrestler, estamos de acordo. Relativamente a The Fountain, é um bom filme e gostei, mas talvez exageres quando dizes que é um dos 10 melhores filmes do século.

continuando assim... disse...

já o vi.... há muitos anos !!

fantástico
david Bowie ... no seu tempo

completamente actual toda a história

Álvaro Martins disse...

Teresa, concordo plenamente, actualíssimo.

E Bowie novinho, no auge da sua carreira.