Zhang Ke Jia
24 City (título inglês) é filme de vidas, de estórias de vidas, do presente em confronto com o passado. Nostalgia. O fim daquela fábrica de aeronáutica que faz aquelas pessoas revisitar o passado, as feridas abertas (ou saradas) daquela gente. Estórias de sobrevivência, estórias de um tempo (ou de vários), de construções de vida no pós-revolução cultural chinesa. Er shi si cheng ji deambula entre o documentário de tom operático e a ficção das memórias daquela gente (das suas vidas). O percurso daquela fábrica, que durante várias gerações alimentou vidas e memórias, vai acabar na sua demolição projectando já naquele local um complexo e luxuoso centro comercial e habitacional.
O que se percebe (e volta a perceber) nos filmes de Zhang Ke Jia é a procura dessas memórias. Porque essas memórias vivem não só nas pessoas mas lá, naquelas fábricas. Por isso não é só a fábrica que é demolida, são as memórias daquela gente, as vidas que por ali passaram. E o chinês como que procura imortalizar aquelas memórias. Já em Still Life o fizera, em The World idem aspas. Parece-me que a ideia é essa, mesmo que exista também uma procura de realçar a condição económica desse outrora, a oscilação do desenvolvimento económico e político, a causa/efeito (nas pessoas e na fábrica) desse panorama social e político do pós-revolução cultural.
O que se percebe (e volta a perceber) nos filmes de Zhang Ke Jia é a procura dessas memórias. Porque essas memórias vivem não só nas pessoas mas lá, naquelas fábricas. Por isso não é só a fábrica que é demolida, são as memórias daquela gente, as vidas que por ali passaram. E o chinês como que procura imortalizar aquelas memórias. Já em Still Life o fizera, em The World idem aspas. Parece-me que a ideia é essa, mesmo que exista também uma procura de realçar a condição económica desse outrora, a oscilação do desenvolvimento económico e político, a causa/efeito (nas pessoas e na fábrica) desse panorama social e político do pós-revolução cultural.
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