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A
Hierro confira-se-lhe a percepção de desperdício e desilusão. Desilusão não pela expectativa (primeiro filme de Ibáñez, portanto expectativa zero), mas sim pelo desperdício daquilo que poderia ser.
Hierro é um
thrillher, algo que oscila entre o mistério e a loucura, entre a realidade e o delírio do choque pós-traumático. E nisso
Hierro não falha. Quer dizer, é competente. Porque Ibáñez traz sempre aquele ambiente negro e obscuro necessário a um filme desta natureza, porque consegue ser surpreendente e imprevisível. O desperdício advém do “rebuscamento” visual a que Ibáñez se propõe, à aproximação ao
mainstream, aos
clichés, a alguma artificialidade que adopta, aos efeitos especiais desnecessários.
Hierro tinha potencial para ser um grande filme, ao invés fica-se pela competência no género.
1 comentário:
Eu gostei. Vi-o no Fantasporto e adorei a estética e o ambiente claustrofóbico, intenso e de thriller do filme, mas ao mesmo tempo muito belo. Elena Anaya safa-se muito bem, mas o argumento perde-se um pouco especialmente no seu final demasiado óbvio.
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