23 de setembro de 2010

A propósito de The Perfect Storm

Ontem revi The Perfect Storm e o que me irrita nestas americanadas nem é tanto o sentimentalismo em si mas sim a forma como o exploram. A utilização de uma música de fundo como forma de impulsionar as nossas emoções, o jogo de som/imagem usado claramente para isso, a dramatização (leia-se lamechice) típica neste cinema e que desde o princípio faz adivinhar a tragédia. E sempre com um ou dois romances à mistura para no fim apelar a que se verta uma lágrima com o pretensioso sentido de perda. Na verdade, não vejo grande diferença entre estes blockbusters e as novelas brasileiras.

5 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Como é que consegues rever estes filmes? :P Ontem cheguei a casa estava o meu pai a ver o filme, pus-me ao seu lado a ver e só queria que o intervalo chegasse para ele decidir ir embora.
E sim, esses dois produtos - telenovelas brasileiras e este tipo de filmes - inspiram-se mutuamente.

Álvaro Martins disse...

Boa pergunta Flávio, como é que consigo rever estes filmes eheh
Ontem, por acaso (ou não), foi porque a namorada queria ver o filme. De vez em quando tem que se lhe fazer as vontades eheh

Argonauta disse...

e ainda por cima esta trampa foi realizada pelo mesmo do das boot, um filme realmente muito bem conseguido e que sem forçar nada consegue-nos(pelo menos a mim) meter a torcer pelos nazis e o final à seven samurais consegue ser dramático também sem esforço nenhum.

Hugo disse...

Eu vi ontem o filme pela primeira vez. Um cast de estrelas, mesmo as secundárias Karen Allen do IndianaJones ! e a venerável Cherry Jones , e uma história simples, directa, sentimental como todos os grandes dramas são. Diminuir o filme a uma telenovela é injusto. Para o filme e para a telenovel. Já vi excelentes telenovelas. Viver a Vida na Sic por exemplo. O problema é quando entramos em absolutismos: eu não espero ouvir num filme de pescadores uma angustia Breschtiana ou numa novela brasileira um economia narrativa hitchcockiana.

Anónimo disse...

és um idiota hugo, vai ver as tardes da júlia