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Ampir, curta-metragem baseada na peça de rádio Sorry, Wrong Number da escritora americana Lucille Fletcher, é como se fosse um Godot que tarda em aparecer (que acaba por nunca aparecer). Ao invés, em Ampir, aquilo que acaba por suceder é o que presumíamos mas recusávamos aceitar. Ou seja, previsibilidade das previsibilidades. Mas Ampir ofusca qualquer previsibilidade que se possa entender. O que está em causa em Ampir é a força expressiva da peça, o desmesurado enclausuramento que o próprio espaço transparece e faz de Ampir muito mais que um pequeno thriller. É toda a metáfora que aquele elegante caixão no meio daquele requintado quarto remete para a morte e a vida. O simbolismo da morte em vida (o caixão). Qualquer coisa como isto!
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