26 de maio de 2010

Sergeant Rutledge (1960)







It's because the Ninth Cavalry was my home, my real freedom, and my self respect. And the way I was deserting it, I was nothing but a swamp-running nigger! And I ain't that! I'm a 'man'!

Em Sergeant Rutledge, Ford utiliza as sombras de forma assombrosa, magistral. Nunca antes uma sala do tribunal/corte marcial foi tão bem filmada e transposta para o grande ecrã como nos minutos iniciais deste Sergeant Rutledge. A passagem do presente para o passado, a matéria do presente que se dissolve naquele enegrecer repentino e se transforma no relato vivo do passado. Em causa a inocência de Rutledge.

Sergeant Rutledge trata de dignidade, de honra, de igualdade racial. Racismo como temática central do filme, racismo como grande preocupação de Ford. Não é á toa que a nona cavalaria é quase toda ela composta por negros. A visão de Ford estende-se a um humanismo poético e a uma mitificação de Rutledge (ligação directa com o Capitão Búfalo). A liberdade dos outrora (?) oprimidos nessa sociedade americana da época, a voz do homem negro que se ergue contra as acusações contra si feitas mas que continua fiel, que recusa revoltas raciais.
We ain't fighting the white man's war. We're fighting to make us proud.

2 comentários:

Carlos Natálio disse...

Filme muito inteligente.
Parabéns pelo blog!

Álvaro Martins disse...

Obrigado Carlos.