14 de outubro de 2010

Meghe Dhaka Tara (1960)





A propósito deste post, a intriga e a curiosidade ditaram a minha descoberta disto. E isto trata-se de uma das melhores obras já feitas no cinema. Porque sim, há poucos filmes (e repare-se a data do filme) com um trabalho de som tão apurado e tão arrojado. E só isso bastava para o inscrever na história do cinema e para fazer dele uma referência para qualquer aspirante a cineasta.

Melodrama social que arrasta consigo a tragédia. Injustiça e sofrimento como punição para quem “fugiu” da felicidade, para quem tudo fez para ser uma mártir, para quem sacrificou os sonhos e a vida pela família sem que no final tenha sido sequer agradecida. Sim, é isso que depreendo daquela história de sofrimento. A certa altura do filme, Shankar diz para Nita “aqueles que sofrem pelos outros sofrem para sempre” como que a condenar essa postura altruísta que a irmã, Nita, adopta. E o grande erro de Nita é esse sentimento altruísta que possui, o desejo de ajudar a família que tem no pai, um professor de baixo ordenado, o sustento da casa, mas que cedo se torna inválido e deixa a família ainda mais na precariedade. Mas mais do que a crítica social (que até nem se revela assim tão crítico), Ghatak quer é explorar a ingratidão. E não houve nunca família tão ingrata.

1 comentário:

Anónimo disse...

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