Simples, arrojada, polémica, assim se descreve esta obra de Lúcia Puenzo que nos chega da Argentina. Datado de 2007, “XXY” traz-nos a história de um hermafrodita de 15 anos. Alex (Inés Efron) é esse jovem, que chegado à fase da adolescência, vê o seu desejo sexual intensificar-se e o tempo começar a escassar, necessitando assim de definir a sua identidade sexual. O hermafroditismo caracteriza-se pela ambiguidade de sexos de um indivíduo, caso que não é muito normal. Quando um indivíduo nasce com estas características, é obvio que a medicina e a ciência ganham aqui um papel relevante na formação desse indivíduo. Experiências, estudos, operações,etc.
Neste caso, quando Alex nasceu, os seus pais, Kraken (Ricardo Darín) e Suli (Valeria Bertuccelli), resolveram “esconder-se do mundo”, numa pequena vila no Uruguai. A ideia dos pais era não mutilar a criança, conscientes do facto de tal ambiguidade sexual não acarretar problemas, fosse de que ordem fosse. Alex vive escondida duma sociedade altamente discriminadora que a faz ter medo do seu próprio corpo. Além disso, quando Suli decide convidar um casal amigo (no qual o marido é um cirugião plástico) com a finalidade de conhecerem Alex, com vista numa potencial futura operação de mudança de sexo, em que aquando dessa visita e estadia desse casal, que traz consigo o filho adolescente de 16 anos, Alvaro (Martín Piroyansky), o ambiente que se cria entre este e Alex vai acelerar o processo de um desejo sexual, próprio e natural de um adolescente, confundindo Alex em relação à questão de sua identidade sexual. Alex atrai-se por Alvaro e vice-versa, mas a surpresa vem quando nos deparamos com um acto homossexual entre estes dois adolescentes. O esforço que os pais de Alex tiveram durante anos a tentar evitar o processo de masculinização com medicamentos, era agora inevitável face ao desejo mais primário de todos, o desejo sexual. Chegado este momento do filme, deparamo-nos com uma dúvida de Alex tão perentória quanto a incerteza relativa à sua identidade sexual (ser rapaz ou rapariga), a dúvida em ser heterossexual ou homossexual.
Confesso que este filme, foi para mim, uma agradável surpresa cinematográfica de 2007. Lucía Puenzo, depois de uma curta-metragem intitulada “Los Invisibles” em 2005, tem com este “XXY” uma excelente obra de estreia. Desde uma fotografia cuidada, passando pelas excelentes interpretações dos dois adolescentes, um argumento sólido, arrojado e polémico como referi em cima até à boa realização de Lucía Puenzo, esta obra merece um lugar de destaque na história do cinema.
Neste caso, quando Alex nasceu, os seus pais, Kraken (Ricardo Darín) e Suli (Valeria Bertuccelli), resolveram “esconder-se do mundo”, numa pequena vila no Uruguai. A ideia dos pais era não mutilar a criança, conscientes do facto de tal ambiguidade sexual não acarretar problemas, fosse de que ordem fosse. Alex vive escondida duma sociedade altamente discriminadora que a faz ter medo do seu próprio corpo. Além disso, quando Suli decide convidar um casal amigo (no qual o marido é um cirugião plástico) com a finalidade de conhecerem Alex, com vista numa potencial futura operação de mudança de sexo, em que aquando dessa visita e estadia desse casal, que traz consigo o filho adolescente de 16 anos, Alvaro (Martín Piroyansky), o ambiente que se cria entre este e Alex vai acelerar o processo de um desejo sexual, próprio e natural de um adolescente, confundindo Alex em relação à questão de sua identidade sexual. Alex atrai-se por Alvaro e vice-versa, mas a surpresa vem quando nos deparamos com um acto homossexual entre estes dois adolescentes. O esforço que os pais de Alex tiveram durante anos a tentar evitar o processo de masculinização com medicamentos, era agora inevitável face ao desejo mais primário de todos, o desejo sexual. Chegado este momento do filme, deparamo-nos com uma dúvida de Alex tão perentória quanto a incerteza relativa à sua identidade sexual (ser rapaz ou rapariga), a dúvida em ser heterossexual ou homossexual.
Confesso que este filme, foi para mim, uma agradável surpresa cinematográfica de 2007. Lucía Puenzo, depois de uma curta-metragem intitulada “Los Invisibles” em 2005, tem com este “XXY” uma excelente obra de estreia. Desde uma fotografia cuidada, passando pelas excelentes interpretações dos dois adolescentes, um argumento sólido, arrojado e polémico como referi em cima até à boa realização de Lucía Puenzo, esta obra merece um lugar de destaque na história do cinema.
Para quem nunca viu, aqui fica o trailer da obra.
Queria ainda deixar aqui um agradecimento especial ao LN (http://c7nezine.blogspot.com/) já que foi ele que me indicou o visionamento desta magnífica obra de Lucía Puenzo.
2 comentários:
Bem... Não há dúvidas da extrema importância que o teu blog já tem sobre mim. Sempre que venho aqui descubro sempre muito bom material ou filmes que gostava muito de ver mas que nunca tive a oportunidade de os visionar. Ainda bem que descobri aqui o Preto e Branco. :)
Quanto a este filme, deixaste-me mais uma vez curioso. Já agora, podias dar umas notas aos filmes que vês, que achas?
Abraço.
Fernando,
obrigado pelos elogios.
Quanto às notas, confesso que já tinha pensado nisso, mas nunca o fiz por achar que toda a gente faz isso, ou quase toda a gente.
Contudo, é sempre boa ideia. Vou pensar nisso. Obrigado.
Abraços
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