Lee Chang-dong
Shi é um filme tranquilo, sereno, coisa que lembra Ozu, que procura por demais as relações familiares. Mas depois foge, traz problemas de conduta, marginalidade ou princípios dela, alguma brutalidade nem que estejamos só a falar da ideia. No entanto, Poesia é muito mais que isso, é acima de tudo uma nova etapa da vida e da aceitação dessa etapa, a sua contemplação, a beleza da natureza, da vida, ainda que a desumanidade esteja ali ao lado. É o novo olhar sobre o mundo, uma forma de ver a doença ou o doente, a tranquilidade e a poesia, a poesia das imagens, do olhar sobre o mundo, um olhar constantemente renovado. Tudo é tão desprovido de sentimentalismos, de dramatismos desnecessários mesmo quando tudo o permite. Shi é um filme belo e lírico, sublime.
5 comentários:
Vi-o há quatro meses atrás no cinema perto de minha residência. Adorável. É um filme que tem despertado grande interesse entre professores de Literatura
Compreende-se o interesse.
É um belo filme sobre a perda das palavras e a ganho de novas imagens. Gostei muito.
É isso mesmo Carlos, não o díria melhor, aliás, já te vou roubar essas palavras eheh
tenho mesmo muita vontade de o ver
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