Hoje revi Le Samouraï, um dos melhores filmes de Melville. E, com esta revisão (tenho tanto filme para ver e ando nisto – mas sem arrependimentos), dei-me conta que, Melville não só fez uma obra-prima, como também fez um filme que influenciou muito cineasta norte-americano e o film noir desde então. É sabido que Melville era um confesso admirador do cinema noir e de gangsters americano dos anos 30, e, essa influência é visível em todo o filme. Mas, é também notório todo o cunho nouvelle vague. Se é verdade que, quem vê o filme, tem (ou deveria) de se deslumbrar com a magnífica interpretação de Alain Delon (seja pela sua postura ou pela sua frieza e solidão – o seu olhar é por demais revelador – a fazer jus à frase de abertura do filme - Não há solidão maior que a de um samurai, excepto talvez a de um tigre na selva), também é (ainda mais) verdade de que Melville é o grande causador da beleza e da grandeza deste filme. Seja pelos planos maravilhosos, seja pelo ambiente soturno, seja pela simplicidade da história, seja pela frieza e calculismo como Melville constrói o personagem e a narrativa e a desenvolve, seja pela fabulosa montagem ou pela genialidade do minimalismo usado pelo cineasta em certos momentos do filme – a cena inicial é completamente genial – Le Samouraï é, sem dúvida, uma obra-prima.
21 de fevereiro de 2010
Le Samouraï (1967)
Hoje revi Le Samouraï, um dos melhores filmes de Melville. E, com esta revisão (tenho tanto filme para ver e ando nisto – mas sem arrependimentos), dei-me conta que, Melville não só fez uma obra-prima, como também fez um filme que influenciou muito cineasta norte-americano e o film noir desde então. É sabido que Melville era um confesso admirador do cinema noir e de gangsters americano dos anos 30, e, essa influência é visível em todo o filme. Mas, é também notório todo o cunho nouvelle vague. Se é verdade que, quem vê o filme, tem (ou deveria) de se deslumbrar com a magnífica interpretação de Alain Delon (seja pela sua postura ou pela sua frieza e solidão – o seu olhar é por demais revelador – a fazer jus à frase de abertura do filme - Não há solidão maior que a de um samurai, excepto talvez a de um tigre na selva), também é (ainda mais) verdade de que Melville é o grande causador da beleza e da grandeza deste filme. Seja pelos planos maravilhosos, seja pelo ambiente soturno, seja pela simplicidade da história, seja pela frieza e calculismo como Melville constrói o personagem e a narrativa e a desenvolve, seja pela fabulosa montagem ou pela genialidade do minimalismo usado pelo cineasta em certos momentos do filme – a cena inicial é completamente genial – Le Samouraï é, sem dúvida, uma obra-prima.
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Nunca antes um filme foi tão sublime, tão esplêndido. Magnífica obra-prima de Milos Forman que junta a melhor obra do realizador tal com...
5 comentários:
Rever um filme como Le Samourai nunca é tempo perdido. :D
este é possivelmente um dos meus filmes preferidos.
Tarantino e Jarmush são admiradores confessos.
Pedro, claro que não :)
Ricardo, Tarantino é admirador de muito grande cineasta, desde Melville a Peckinpah, desde Leone a Fuller, etc, mas Tarantino quanto a mim nunca chegará aos calcanhares dos cineastas em quem se inspira (e copia até).
Jarmusch já é doutro calibre. Jarmusch é um dos melhores cineastas norte-americanos em actividade. E em Jarmusch é muito visível essa influência em Melville, os planos e o ambiente noir, negro.
Filme brilhante mesmo!!!
Só não posso concordar totalmente com o que dizes aqui em cima.
É obvio que Tarantino não é um Godard, mas Tarantino criou obras magníficas, brilhantes mesmo, como Pulp Fiction e Reservoir Dogs.
É obvio que copia, mas também lhe dá o seu cunho...
Já Jarmusch confesso que não vi nenhum dos seus últimos filmes e não sei bem onde o colocar...
Neuroticon, além desses dois não fez mais nada original. O resto é tudo cópias de outros cineastas, hinos ao cinema mas cópias. Os Kill Bill e o Inglourious então são por demais cópias de Leones e Peckinpahs. Prometeu com esses dois, mas depois perdeu-se na sua cinefilia, perdeu-se na sua vaidade. Por isso que nunca há-de ser um dos grandes. É a minha opinião.
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