Em primeiro lugar, Enemy At The Gates é um filme anti-comunista ou anti-soviético. A forma como retracta o sistema militar soviético é por demais crítico e duro. E relativamente a esse ponto, a minha opinião caminha noutro sentido (mas isso é outra história). Enemy At The Gates poderia se chamar de Vassili vs König. E isto porque o filme vive desse duelo entre os dois atiradores. Mas, embora Enemy At The Gates perca qualidade em se colar ao mainstream e se envolver num ambiente artificial de guerra, o filme de Annaud consegue surpreender-me. E essa surpresa deve-se, não só à realização de Jean-Jacques Annaud mas, também, à condução narrativa do filme, ao romanticismo que consegue criar. Enemy At The Gates consegue criar um jogo/duelo fascinante, algo que prende, e, isso aliado aos planos de Annaud, à sua condução da câmara. No fim, temos um filme razoável, temos algo que podia elevar-se mas que se limita pela sua própria capacidade, um filme agradável mas que não passa disso.
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