Um filme de Yasujiro Ozu
“Sanma no Aji” é essencialmente um manifesto do cineasta japonês à velhice. Isso é claro em toda esta obra. Ozu faz um filme belo, faz um filme de redenção à velhice, à solidão, à vida. E Ozu cria aqui um conflito de valores, um conflito de visões do futuro e da vida que se enfrentam entre os mais novos e os mais velhos. Porque Ozu filma sobretudo a vida. E a vida é isso, a juventude duns e a velhice doutros, os sonhos esperançados dos jovens e os sonhos utópicos dos velhos. Porque não obstante a chegada da velhice, os sonhos e os desejos continuam a existir no ser humano.
Mas “Sanma no Aji” é no final de contas uma decisão, uma decisão de um pai em definir o futuro de uma filha, uma decisão em preterir a sua companhia e ajuda pela solidão, em escolher o melhor futuro para ela sabendo que isso implicará a sua futura solidão. Porque como diz um velho professor a dada altura da fita, todos estamos sós.
2 comentários:
Ñ conhecia, mas achei bem interessante, fiquei interessado!
Abs! Diego!
Força. Ozu foi um mestre.
Abraços
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