Sud Pralad, ou
Tropical Malady como é mais conhecido, vive do seu sentido naturalista. Ninguém filma a selva como Apichatpong Weerassethakul. Porque não é uma simples forma de filmar a floresta. Não, o tailandês filma com uma mestria inigualável os sons, a luz, as sombras. Quase que podemos sentir o vento que atravessa aquela floresta, a força naturalista daquelas imagens.
Sud Pralad divide-se em duas partes (à imagem do que já acontecia em
Sud Sanaeha) onde a segunda parte vem dar uma volta de 180 graus ao filme. Duma simples história de amor entre dois jovens (Tong,um camponês desempregado e Keng, um militar) partimos para uma odisseia de desejos e utopias, de lendas e mitos, de enigmas e descontruções narrativas. Mas sobretudo misterioso, sustentado pelo amor daqueles dois seres que, mesmo depois da "reviravolta" do género, subsiste no meio de todo o mito que
"vive nas memórias dos outros". E o confronto final entre soldado/Keng e tigre/Tong é dos momentos mais sublimes que já vi no cinema. Obra-prima.
1 comentário:
Esse é o próximo a ver. Eu estou muito ansioso para ver o novo ;)
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