24 de fevereiro de 2010

The Grapes of Wrath (1940)
John Ford

Se me perguntassem qual o maior cineasta norte-americano de todos os tempos, muito provavelmente responderia John Ford. Porque Ford foi o maior de todos. Porque o cinema de Ford é muito forte, muito humano, muito rico em todos os aspectos. Ford era muito ligado à terra, à família (e isso está bem patente nesta obra). The Grapes of Wrath além de muito humano, é esplendoroso, belo. Não só a natureza que atribui às personagens como o enquadramento da câmara, os planos ora distantes ora próximos, a terra como símbolo máximo da riqueza de um homem, o céu como limite – tanto simbolicamente como visualmente, os planos de Ford –, a pátria, a esperança, a fé de Ford. Porque é isso que o filme é. Uma ode esplendorosa à família, muito enraizado na terra, na fé, na humanidade das pessoas, na pureza e inocência das pessoas. Não há filme mais humano nem mais americano que este. Duma América em crise, duma América em tempos de miséria, injustiça. De tempos em que a união familiar tinha muito valor, de tempos em que a família era tudo o que um homem tinha. Obra-prima.

1 comentário:

Roberto Simões disse...

O autor a descobrir em breve, certamente.

Cumps.
Roberto Simões
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