10 de maio de 2009

Aguirre, der Zorn Gottes (1972)

Um filme de Werner Herzog














Nos anos de 1650-51, depois do Império Inca ter sido aniquilado, Pizarro (Alejandro Repulles), o conquistador do Peru, lidera uma expedição para encontrar o El Dorado, a Cidade de Ouro. Face às dificuldades, Pizarro divide o grupo e deixa Don Pedro de Ursua (Ruy Guerra) e Dom Lope de Aguirre (Klaus Kinski) a chefiarem os seus respectivos comandos. Mas Aguirre apodera-se do comando total quando atraiçoa Ursua ao liderar um tumulto e o aprisiona.
Herzog preocupa-se mais em nos mostrar o comportamento humano face a situações de limite, ele quer nos mostrar essas reacções psicológicas do ser humano quando confrontado com ambientes estranhos, primitivos e insanos. Herzog não faz um filme histórico, ele procura explorar a mente humana, as emoções do ser humano. Klaus Kinski é brilhante no papel de Aguirre. A forma como faz transparecer toda a loucura e sede de poder de um homem ganancioso e alucinado é fenomenal.
Começava aqui uma parceria de cerca de 15 anos entre Kinski e Herzog.

4 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

Gostava de ter visto a retrospectiva deste realizador no Indie. Sempre ficava a conhecer um pouco mais a carreira de Herzog.

Abraço.

Álvaro Martins disse...

Sim, certamente que valeria a pena ver essa retrospectiva. Herzog é um cineasta muito interessante e juntamente com o Wenders e o Fassbinder é dos mais importantes do novo cinema alemão.

Abraços

Unknown disse...

O que eu considerei bastante interessante foi ler a relação de Herzog com Kinski sobretudo aquando de um momento particular nesta fita. Após um ataque de fúria de Herzog, Kinski resolveu ameaçar abandonar a produção. Pois, Herzog puxou da sua arma de fogo e disse que ela tinha seis balas. Cinco para Kisnki e uma para si...

Como a história o demonstra, a relação entre ambos, a partir desse momento, foi melhorando.

Abraço

Álvaro Martins disse...

A relação entre Kinski e Herzog foi sempre amor/ódio. Dizes que a relação foi melhorando mas na minha opinião, pelo que li, nem melhorou nem piorou, eles sempre tiveram as suas discussões. Aquela que é considerada a sua grande obra-prima, Fitzcarraldo, data de 1982 e como de costume teve grandes atritos entre os dois.

Abraços