10 de maio de 2009

Idi I Smotri (1985)

Um filme de Elem Klimov













Nunca os horrores e as atrocidades de uma guerra foram tão bem transpostos para o cinema. Nunca um filme foi tão cruel, tão violento, tão cru, tão selvagem, tão poético, tão único, tão brutal, tão demente, tão terrífico. Exceptuando “Requiem For A Dream” de Darren Aronofsky, nunca um filme me deixou tão incomodado, tão impressionado, tão atónito. Uma viagem alucinante e abismal ao inferno de uma guerra atroz. Obra-prima.

6 comentários:

LN disse...

Não conheço mas pela descrição... deixou-me de pé atrás. Primeiro descrevê-lo através de uma enumeração apocalíptica para depois... establecer como termo de comparação o... Requiem For a Dream? O RFAD é um filme comercial, muito longe de qualquer estética naive, construído em neologismos visuais e... se queres filmes que retratem com dureza, crueldade, realidade, sem pretensões massificadas, tenta o Wir Kinder vom Bahnhof Zoo, baseado no livro de Christiane F. - da experiência com as drogas.

Unknown disse...

Sem dúvida. Grande obra de cinema. Já falei dele no meu poiso.

Álvaro Martins disse...

LN,

a minha comparação com o Requiem For A Dream refere-se sobretudo ao meu estado emocional após ver as ditas obras. Ou seja, não comparei os filmes, até porque um é sobre as atrocidades de uma guerra e o outro sobre a droga, sobre o declínio de um indivíduo.
Discordo completamente quando dizes que Requiem é um filme com pretensões massificadas. Não o acho e tenho o Requiem em muito boa estima. Pode ser comercial mas nunca antes ninguém filmou aquele êxtase que o filme acarreta como Aronofsky.
Quanto a esse que falas não conheço mas irei indagar.

LN disse...

Exacto. Eu percebi qual foi a forma comparativa com o RFAD. Por isso é que falei no Win Kinder, porque o acho mais genuíno, sem toda aquela atmosfera artificial neologista do Aronofsky (mesmo que seja um bom filme, extasiante, porque o é, e tb aprecio). É um tipo de filme que se adequa melhor à cinematografia deste Idi I Smotri, o Win Kinder - alternativo, genuíno, mais humano (ou anti, neste caso).

e... para mim é evidente que o RFAD tem pretensões massificadas, ou não chegasse ele ao mainstream de uma forma absurda. Tem um novo apelo, uma singularidade quase novelística e descarta muito da veia arty do PI. O Aronofsky nunca mais fez um igual. O The Fountain é uma autêntica pocilga mental, e comercialóide. O The Wrestler é bom, de peculiar forma... mas típico...

Álvaro Martins disse...

LN,
não acho que essa atmosfera artificial neologista seja negativa para o valor da obra. É um filme muito cru, poético, cruel e extasiante, como já disse. O ter chegado a mainstream não prejudica o filme em nada.
Quanto ao The Fountain, compreendo o teu ponto de vista, mas eu gostei do filme.

Sô Zé disse...

Depois deste filme qualquer outro sobre a II Guerra perde a graça...

Um filme excepcional, o melhor sobre a temática de guerra que já vi...

O pessoal do leste sabe fazer bons filmes...