O que resulta de algo inacabado ao qual o nome original ¡Que Viva Mexico! - Da zdravstvuyet Meksika! ganha corpo com a montagem de Grigori Aleksandrov em 1979 é uma obra monumental, artisticamente assombrosa. ¡Que viva Mexico! é tudo o que eu esperava que fosse. Grande. Teria Eisenstein feito melhor? Quer dizer, as filmagens foram feitas por ele. Os planos, a documentação histórica, os apontamentos. Isso tudo permitiu a Aleksandrov aproximar o mais possível daquilo que Eisenstein teria idealizado. E há montagens que fazem lembrar o cineasta de Potemkin. Mas não é certamente a mesma coisa.
¡Que Viva Mexico! - Da zdravstvuyet Meksika! oscila entre a documentação e a ficção. Mas essencialmente a história, o sentido revolucionário está sempre presente. E a arte. Porque Da zdravstvuyet Meksika! é acima de tudo um relato de costumes e tradições pagãs e cristãs (estas posteriormente ao domínio espanhol) no México. Alegorias em quatro episódios, um prólogo e um epílogo. E a morte como presença constante naquela cultura. Ritos de uma sociedade pré e pró domínio espanhol. Heranças desse domínio. Arte e história de uma cultura indígena. Grande Eisenstein.
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