Depois de ter visto Nói Albínói, entusiasmado, resolvi ver este mais recente filme de Dagur Kári. O islandês nascido em Paris seguiu as pisadas de muitos outros e rumou aos States para fazer The Good Heart que de good pouco tem. Desilusão quase completa. Ora bem, não é que seja mau de todo, mas depois de um filme como Nói Albínói fazer isto é quase crime. The Good Heart prima (do pouco que prima) pelo ambiente negro que herda do cinema islandês de Kári, em particular a forma como filma essa ambiência em espaços fechados (o bar, o andar por cima do bar, o hospital..) à imagem do que acontecia em Nói. E de Nói Albínói há ainda mais a identificar aqui. The Good Heart acarreta também leves momentos de comédia negra, sarcástica. E a melancolia volta a estar presente assim como uma forma de filmar estática. The Good Heart é no seu todo um filme muito humano, é essa a grande força do filme, o seu humanismo. Mas fora isto (também gostei da interpretação de Brian Cox) o filme é uma decepção completa. Previsível e clichezado, o naturalismo já não está lá, a contemplação idem. The Good Heart não é mau filme, mas está a anos-luz de Nói Albínói.
4 comentários:
Pois...Ao menos o Kormákur teve o bom senso de não fugir muito da Islândia.
Do Kormákur só vi o Mýrin e não achei grande espingarda embora seja competente no seu estilo de filme. Por isso não posso falar muito porque desconheço o resto ;)
Gostei do "Mýrin", apesar de não ser um filme genial, mas isso pode estar relacionado com o facto de gostar do livro e das interpretações do Ingvar Eggert Sigurðsson em geral. O "101 Reykjavík" tem a sua piada.
Tenho de ver o resto.
Enviar um comentário