1994, Wrony, Dorota Kędzierzawska
O cinema de Kędzierzawska é coisa sokuroviana e kieslowskiana, ao adquirir deles os elementos oníricos e contemplativos assume assim a sua linguagem cinematográfica para a partir daí criar um cinema muito próprio vincado nos silêncios e na linguagem corporal dos seus personagens; em wrony existe uma tendência crescente de efabular aquela história de uma criança inserida na disfuncionalidade familiar, vive com a mãe, que desde operária a puta cultiva, no fundo, um desdém pela filha, ela sente-o, sente particularmente a solidão e a ausência física e afectuosa da mãe, é no fundo essa lacuna que lhe insere a ânsia de interpretar ela esse papel de mãe, como que querendo mostrar a si mesma que ela é diferente; a candura em confronto com a negrura do mundo.
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