1974, La gueule ouverte, Maurice Pialat
entre as fodas do filho, a depravação do pai e o leito de morte agonizante da mãe, pialat, talvez o mais bressoniano cineasta francês (e o mais anti-nouvelle vagueano), e só isso é sinónimo de ausência de ornamentos narrativos e visuais, coisa portanto crua e frontal, declara na sua magnitude a antítese das relações entre pai e filho, e a sua hereditariedade, mãe e filho, e moribunda com quem a rodeia; la gueule ouverte opõe a vida à morte, sendo a vida esse fulgor e esse frenético impulso sexual que os faz, a pai e filho, trair as suas mulheres e ser mulherengos, ainda que no fim vejamos que o amor estava lá, num travelling final assombroso que quer dizer tanto mas tanto... grandioso é ser modesto!
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