17 de novembro de 2010

Mr. Deeds Goes to Town (1936)

A Capra atribua-se-lhe o maior patriotismo que jamais um cineasta norte-americano revelou (talvez Ford se lhe compare). Mas o que é comum em todos os seus filmes é a integridade, a honestidade do protagonista. Desde Longfellow Deeds a George Bailey, de Robert Conway a Jefferson Smith e Mortimer Brewster, essa integridade está sempre presente. A moralidade acima de tudo. O humanismo (aqui Ford ultrapassa-o). Mr. Deeds Goes to Town é a história de um simplório que recebe de um tio (que nunca sequer conheceu) uma herança de 20 milhões de dólares. E embora Capra seja sempre Capra, o mais importante (e aquilo que faz de Mr. Deeds Goes to Town uma das maiores screwball comedies) é a interpretação de Gary Cooper. Porque desde o início ao fim Cooper não representa, ele é Longfellow Deeds, a inocência e a ingenuidade que consegue transmitir naquelas expressões faciais, naquele comportamento. Brilhante.

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