
Há em
The Great Flamarion uma capacidade inexplicável de confundir o melodrama com o
noir. Melodrama revisitado pelo
noir ou
noir revisitado pelo melodrama? Parece-me que, mais que
noir (e as sombras, a
femme fatale, o próprio enredo a isso atestam),
The Great Flamarion é um melodrama. Porque é uma história de compaixão pelo criminoso (o anti-herói). Porque o que Mann quer mostrar é que há uma razão para o crime (ou até que a morta merecia aquele destino como diz uma mulher logo nos momentos iniciais). Porque o grande cerne é a traição que aquela mulher faz. Mas o mais importante em
The Great Flamarion (além da realização de Mann) é a sobriedade com que o teatro se mistura com o cinema, a materialização da cena (os espectáculos de Flamarion e o do final principalmente). E mais algumas coisas...
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