26 de junho de 2009

Fight Club (1999)

Um filme de David Fincher



E hoje lembrei-me que está visto que o senhor não faz outro da categoria deste.

11 comentários:

João disse...

Por acaso tenho opinião contrária. Adoro Fight Club, é um dos filmes da minha vida, mas acho que David Fincher tem crescido muito quer com Zodiac quer com Benjamin Button.

Daí esperar grandes grandes obras vindas daqui.

Roberto Simões disse...

Para mim, um dos melhores filmes de sempre, senão mesmo "o". Está no meu top 3. Disse pouco mas penso que disse tudo.

Como CLUBE DE COMBATE é provável que não faça nenhum, mas olha que faz coisas muuuuuito boas. Nos últimos dias tenho andado a estudar o BENJAMIN BUTTON.

Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD - A Estrada do Cinema
(http://cineroad.blogspot.com/)

Deckard disse...

eu ao contrário do Filipe Assis não me considero tão americanizado para considerar o Fight Club no meu top 3. Acho que nem no meu Top 1o lá estaria. mas obviamente são opiniões. pessoalmente considero um filme mais capaz o Seven. este é um filma original e bastante bem conseguido. de diversas formas remete-nos para o laranja mecânica, para a ultra-violência que só existe porque funciona como um escape da realidade. porque prefiro o Seven: por é mais negro, mais claustrofóbico, mais avassalador e crítico dos valores religiosos que, pelos vistos continuam e continuarão a pautar a vida de muita gente. Com o seven e o fight club ele iniciou e encerrou um ciclo que apesar de ainda se vislumbrar no alien 3 e mesmo (um bocadinho) no the game, desapareceu. o panic room é visivelmente inferior e mesmo o zodiac é demasiado linear e simplista. quanto os benjamin button, é um bom filme, não se duvide, mas é "holliwoodesco", muito mainstreem. se o fincher cresceu só se foi para os lados: quer chegar a um público maior, erradicabdo todo o experimentalismo e pessimismo que o caracterizou anteiormente.
Mais uma vez concordo com o Álvaro

Unknown disse...

Se tinhas tocado num nervo central quando falaste do Gone With the Wind agora acertaste na força que faz mover o gosto cinematográfico (seja ela qual for).

Este é incontornavelmente o filme da minha vida. Por um lado, mudou completamente a minha forma de a visualizar. Por outro foi a obra que me despertou verdadeiramente para o cinema e me fez visualizar a sétima arte como, de facto, uma arte. Já disse muito no meu blog sobre este filme, talvez até demais. Fica o legado de um grande grande filme. Para mim o melhor.

Abraço

Álvaro Martins disse...

João,
o Zodiac é uma bodega pegada. Quanto ao Benjamin até gostei, dentro do mainstream é dos mais aceitáveis de 2008, mas nada que se compare a este, ao Se7en ou ao The Game.

Filipe,
no top 3 é exagerar, já para não falar no "o". Há filmes (e muitos) que superam este em tudo. Melhor do Fincher? sem dúvida, embora goste bastante do Se7en, este é muito melhor.
Quanto ao Benjamin, já disse tudo, escapa mas não é filme que fique para a história, nem por sombras.

Deckard,
também gosto do Se7en e depois deste é para mim o melhor dele, mas este é mais profundo, melhor no argumento embora não tão claustrofóbico, mas mais moralista, mais crítico com a merda da sociedade americana.
Quanto ao Fincher, a meu ver comparo com o Boyle (devido ao sucesso de 2008), depois de filmes como Fight Club, Se7en e The Game relativmente ao Fincher e Trainspotting, 28 Days Later e Sunshine relativamente ao Boyle, fazem umas palhaçadas como o Benjamin e o Slumdog que deixam muito a desejar. Ou voltam ao que eram ou então tornam-se num Spielberg ou num Cameron.

Fifeco,
sem dúvida um grande filme. Eu gosto muito, demasiado até. Mas não vou tão longe, até porque quando este filme saiu já eu via cinema de Tarkovsky, Sokurov, Buñuel, Fellini, Pasolini, Kubrick, etc, verdadeiros génios do cinema, coisa que Fincher ainda tem que palmilhar muito, porque dois filmes que possamos dizer que são brilhantes é muito pouco.

Abraços

Unknown disse...

Eu percebo o teu ponto de vista mas não me refiro exclusivamente ao ponto de vista técnico do realizador, à escrita do argumento, às interpretações, ao jogo de luzes e sombras, ao mise en scène, etc etc. Refiro-me sim à forma como me marcou, e acima de tudo, quanto a mim, cinema é marcar os indivíduos. E nunca um filme foi tão importante na minha vida. Daí ser o filme da minha vida, independentemente dos seus atributos.

Abraço

Álvaro Martins disse...

Sim Fifeco, eu percebi. E percebo quando tu, o Filipe e o João dizem que é o ou um dos filmes da vossa vida. É claro que quando um filme marca fica para sempre. Eu também gosto muito. Só não o considero filme da minha vida exactamente porque não me marcou assim como a vós. :)

Abraços

Roberto Simões disse...

Acho uma grande falta de bom senso alguém quem nem conheço nem me conhece partir de um comentário ou opinião própria para me chamar "americanizado". É desnecessário esse tipo de mal-trato; concorde-se com o que se concordar. Ou como o próprio Deckard afirma, são "obviamente" "opiniões".

Aproveito para me dirigir ao Álvaro e dizer-lhe que um pouco de delicadeza nas abordagens que fazemos às participações dos outros (sobretudo no que toca a visitantes regulares como é o meu caso) é sempre algo desejável. Quanto ao tópico deste parágrafo não me refiro exclusivamente à situação deste post, mas à de anteriores, que têm alimentado até aqui a nossa relação cibernética.

Cumps.
Filipe Assis
CINEROAD – A Estrada do Cinema

Álvaro Martins disse...

Filipe,
quanto ao "americanizado" não posso responder visto não ter sido eu a proferir a palavra.
Quanto à delicadeza, não me pareceu que tal tenha faltado da minha parte. Mas gostava de saber ao que te referes se consideras que fui indelicado.

Abraços

Deckard disse...

Filipe, peço desculpa se te ofendi, embora não considere o termo "americanizado" propriamente um insulto.
De qualquer forma aqui faço o meu mea culpa.

Unknown disse...

É um filmaço sim senhor. E o melhor de Fincher também.
Ainda assim, o argumento e a interpretação de Edward Norton fizeram muito pelas habilidades fincherianas. Com esses dois trunfos de peso aliados a uma natural destreza com laivos de genialidade atrás da câmara, foi uma beleza de concretização.

Zodiac soube a pouco, ainda que não sendo mau. Já Benjamin Button é o ASCO TOTAL. Tirando a sequência inicial do pai a tentar ver-se livre do nado-monstro não há ali nada que mereça o tempo perdido. Nada.

Ainda assim, quero crer que um destes dias algum iluminado com uma história do camandro se chegará ao Fincher, acordando-o da tropeguidão que parece ter-se apoderado do senhor.