23 de abril de 2025

"as más línguas que se fodam" 
    (o lucky português)

 


 Rio Corgo (2015, Sérgio Da Costa & Maya Kosa)



num filme onde a sua veia ficcional se mistura com um olhar documental com traços etnográficos e sociológicos, rio corgo adentra numa experiência fantasmática em que se persegue o fantasma vivo, ser errante e vagueante, homem que tem dentro de si dez pessoas mas que não se mete com ninguém nem ninguém se mete com ele, o tal dos favaios e que já fez variadissimos métiers, e se há filmes que rio corgo me lembrou foi o lucky do lynch (o carrol, não o david que até lá entra) e o liverpool do alonso; é a este último que mais relaciono rio corgo, não só a liverpool mas a todos os seus filmes iniciais (fantasma, los muertos), na procura constante da perseguição ao homem, aqui na figura duma espécie de cowboy ou de mariachi em fase terminal da vida; rio corgo é um western, daqueles que, tais como lucky, se fazem sem armas e sem índios, mas que exibe bem as suas influências cinematográficas

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