1947, Black Narcissus, Michael Powell & Emeric Pressburger
No black narcissus, revisto hoje, quando a loucura na irmã ruth atinge o seu pico, antes de ser rejeitada por mister dean, a mestria de powell e de pressburger escancara-se para todos os que a percebam naquele momento em que as trevas da noite e dos trovões se misturam com a euforia da loucura de ruth e com a imagem de kali, que é naquele momento pela primeira vez desnudada do lençol que a tapava - simbolismo exímio ( um deles, porque o filme está repleto deles) não só da morte como da destruição que a deusa hindu simboliza -, e que naquele acto final de ruth, tão ou mais terrífica que a própria deusa que a incorpora totalmente a partir daí - e não é coincidência tudo acontecer após ela não renovar os votos da castidade -, a cristandade vença o hinduísmo, assim como a ressurreição vença a aniquilação.
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