19 de fevereiro de 2023

 




2022, Triangle of sadness, Ruben Östlund 


O triangle of sadness do Östlund (e gostei tanto deste quanto do the square) é como aquelas promessas falhadas no desporto, quando aparecem prometem muito mas depois não dão nada... assim é o triangle of sadness, promissor, contudo, aliás, como já no square acontecia, perde-se no rumo que toma e desagua numa salgalhada de registos e de intenções de crítica social... ao invés de continuar na premissa inicial (o casal de jovens namorados, modelos, influencers) e explorar a relação e a superficialidade dela, das motivações, etc (como, de resto, aparentava ser o rumo de triangle of sadness), o sueco decide metê-los num iate luxuoso, durante praí meia-hora esquecer o casal e focar-se na elite e no absurdo do consumismo e do materialismo (com momentos hilariantes, é certo) e depois na ilha subverter a coisa. Resultado, inicia num registo para no meio adoptar outro e no fim ainda tentar outro, ou seja, fraquinho.

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