1988, Koniec swiata, Dorota Kędzierzawska
O fim do mundo de Dorota Kędzierzawska é daquelas coisas raras no cinema, é um diamante em bruto, por lapidar... tem em si toda a beleza do cinema, toda a beleza do mundo, transporta consigo toda a melancolia do ser humano e do mundo. É coisa monumental... na sua hora de filme, O fim do mundo supera tanta palhaçada hollywodesca (e não só!) afamada sem precisar de usar mais do que meia dúzia de diálogos, sem recorrer a sensacionalismos ou a facilitismos técnicos e narrativos... fala da velhice, da sua monotonia, da sua melancolia... confronta-a com a juventude, fala da natureza humana, da rotina, do relacionamento "de uma vida"... fala do fim e da sua espera, dos pequenos prazeres e vícios, da fé, do amor e da resignação... tudo isto nos gestos, nos ritos, nos silêncios, no detalhe, nos olhares e no comportamento de, basicamente, dois idosos. Que maravilha de filme é koniec swiata!
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