16 de janeiro de 2010

Stranger Than Paradise (1984)

Um filme de Jim Jarmusch








A distância. O cinema de Jarmusch é distante. Os planos, as sombras, a luz, o distanciamento das câmaras. O raccord. Jarmusch é cinema no seu estado mais lato, mais puro. Todo aquele distanciamento, a dinâmica da câmara. E relaciona-se com os espaços. Por vezes estática (geralmente dentro de casa), outras vezes movimentada, com planos-sequência (fora). E é esse o grande trunfo de Stranger Than Paradise, o distanciamento entre o personagem e a câmara. A câmara de Jarmusch.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei mesmo muito deste filme.
Não vai a lado nenhum, não tenta dar-nos moralismos.
Para mim é Jarmusch na sua melhor forma!

Argonauta disse...

Este filme é perfeito mesmo, comprei-o por 2 euros não sei onde, foi uma verdadeira pechincha, não conhecia o filme de lado nenhum, e apenas o broken flowers deste realizador(que te aconselho vivamente, apesar de ser mais fraco em relação a este e ao mystery train)
O filme tem uma história simples, e é muito parado, mas não sei porque é que consegue mesmo agarrar-nos.