15 de junho de 2011

Quem nunca viu um Eisenstein ou um Vertov ou um von Stroheim ou um Griffith ou um Murnau ou um Pabst ou um Dovzhenko ou um Pudovkin ou um Protazanov ou um Sjöström ou até um Chaplin, um Méliès e um Lumière e um Keaton não sabe o que é o cinema, qual a verdadeira essência do cinema. Não, por mais que o queiram refutar, não sabem.

13 comentários:

Unknown disse...

Se calhar não vou tão longe ao dizer isso, mas ainda hoje vi o Sherlock Jr. e é realmente brilhante, tal como Chaplin, Murnau, Eisenstein, Dovzhenko e Sjöström... Acima de tudo, acho que ver estes cineastas nos dá uma bagagem muito maior na percepção daquilo que é realmente o cinema!

Enaldo Soares disse...

De pleno acordo, e vi pelo menos um filme de todos que citastes.

Unknown disse...

Subscrevo.
PS - Claro que a essa lista podiam-se juntar mais uns quantos cineastas.

Beatrix Kiddo disse...

ora...

João disse...

Concordo.

Rato disse...

E quem nunca viu pelo menos um filme do "Rambo", do Chuck Norris, do Bruce Lee (deste sou mesmo fã), do Van Damme, do "Harry Potter", do Louis de Funès, dos "spaghettis" mais rascas e de tanta outra coisa, também não sabe o que é o cinema. Afinal, sem termos de comparação, como é que se poderia separar o trigo do joio?

O Rato Cinéfilo

P.S.: Nunca vi nada do Vertov, Dovzhenko, Pudovkin, Protazanov (este nunca tinha ouvido falar sequer), Méliès ou Lumière. Ou seja, quase 50% dos nomes citados. Mea culpa, portanto, por não saber assim qual a "verdadeira essência do cinema".

Álvaro Martins disse...

"E quem nunca viu pelo menos um filme do "Rambo", do Chuck Norris, do Bruce Lee (deste sou mesmo fã), do Van Damme, do "Harry Potter", do Louis de Funès, dos "spaghettis" mais rascas e de tanta outra coisa, também não sabe o que é o cinema. Afinal, sem termos de comparação, como é que se poderia separar o trigo do joio?"

Rato, comecei a ver cinema com seis ou sete anos de idade, influenciado (sempre foi a minha grande influência) por um primo meu (mais velho) que, naquela altura, me mostrou desde Star Wars a Máquinas de Guerra, de Terminators a The Texas Chain Saw Massacre, de Rambos a Comandos e Delta Force e por aí fora. Por isso, caro Rato, em termos de comparação não me falta cinema rasca (que ainda hoje vejo quando "calha") para comparar.

Quanto ao teu PS, só te posso dizer que os vejas ao invés de comentares com esse sarcasmo. E, claro, muito me espanta que uma pessoa assim tão experiente como cinéfilo (como afirmas) não ter visto nunca nada de Méliès ou Lumière (essencialmente estes, os pais do cinema).

Sam disse...

...ou um Kubrick ou um Welles ou um Peckinpah ou um Scorsese ou um Coppola ou um Lynch ou um Burton...

Isto não é uma ciência exacta... :)

Álvaro Martins disse...

Que eu saiba o cinema não é nenhuma ciência Sam, é uma arte. Se reparares só referi cineastas da era muda (faltou-me lá o Kuleshov e mais alguns), são esses os "pais" do cinema, foram esses que influenciaram os outros, que "sonharam" o cinema, que o construíram e não o Kubrick ou o Welles ou o Peckinpah ou o Scorsese ou o Coppola ou o Lynch ou o Burton ou...(não retirando mérito e qualidade nenhuma a nenhum deles). Quem nunca viu um filme dalgum deles não sabe que o cinema não foi feito para o espectáculo de hoje em dia, não sabe a importância da imagem, não sabe que o cinema foi feito para sonhar mas como dizia o Deleuze "Um pouco de possível, senão sufoco". :)

Unknown disse...

E da Leni Riefenstahl ;)

DoxDoxDox disse...

! ! !

João Palhares disse...

Eu cada vez sei menos o que é o cinema. E já vi alguns filmes desses realizadores... :)

Fernando Oliveira disse...

Meu caro, o Cinema é uma paixão. A relação com cada filme (mais do que com cada realizador) é por isso pessoal. Se dos autores que mencionou há filmes que para mim são objecto de absoluta paixão – “Intolerância” e “Broken blossoms”; “Aurora” e “Tabu”; “A boceta de Pandora”; “O vento”; “A woman of Paris” e “The gold rush” – outros não despertam emoções por aí além. “Ivan, o terrível” de Eisenstein, por exemplo, foi para mim um aborrecimento.
Concordo absolutamente consigo na necessidade de se conhecer os primeiros Clássicos para percebermos o que é o Cinema, e a razão da cinefelia; mas a lista de autores, ou filmes, será sempre pessoal. Como todas as paixões…

Fernando Oliveira