25 de abril de 2012

Duas ou três coisas sobre o “Hugo” do Scorsese.
Primeiro, continua a queda vertiginosa dum dos maiores cineastas norte-americanos do século passado (ainda que o anterior “Shutter Island” tenha surpreendido).
Segundo, ainda que “Hugo” pretenda ser uma homenagem ao cinema, aos seus mestres e pioneiros, à sua nostalgia e ao seu poder onírico e imaginário, ainda que tudo pretenda ser mais que esse filme familiar e infantil (ideal para os sábados à tarde na televisão e que nunca julgamos possível em Scorsese), mesmo assim é uma completa desilusão que resulta numa fábula novelesca, fantástica e de deslumbramento quer infantil quer sensacionalista. Coisa para vender.
Terceiro, há por ali pretensiosismos demais, coisas como a guerra e o tempo que tudo destroem e trazem o esquecimento a virem “à baila”, coisas como a solidão e a morte e a ausência paternal, coisas a querer “intelectualizar” e a emocionar/sensibilizar o espectador.
Quarto, 3D pró caralho!

2 comentários:

Bernardo Versiani disse...

Perfeito e preciso.

O Provedor disse...

A ultima década do Scorcese não foi assim tão má. O Departed é um remake pior k o original, mas é muito bom.

cumps