Gostei do filme, do ambiente negro de série B, da claustrofobia e do enclausuramento criado. Shutter Island é, de facto, muito bom filme. Assim como o é Inglourious Basterds, porque tanto um como o outro são puras homenagens ao cinema do género, cada um no seu. E sim, Mourinha tem razão quando refere Fuller, Powell, Tourneur, Lang… Estão todos lá.
5 comentários:
Ainda não o vi. Espero vê-lo no cinema, que é coisa que ultimamente é rara. No meu caso, claro. :D
Concordo, é uma grande obra - não obra-prima. Muito bom mesmo, tirava-lhe era uns minutinhos que eram dispensáveis. Mas Scorsese gosta de alongar os filmes, não sei bem porquê.
Abraços
Pedro, já somos dois a ir pouco ao cinema. No meu caso, muito pela porcaria de cinema que chega às salas na cidade onde vivo. Felizmente existe a net ;)
Flávio, é muito bom sim, mas não achei que tivesse tempo a mais.
João, o Mourinha é muito mainstream, muito light, muito americano se é que me entendes. Era previsível que adorasse o filme. Penso que o Vasco Câmara não escreveu nenhuma crítica (pelo menos ainda).
Quanto aos planos há realmente algum exagero, mas não prejudica o filme em nada. Shutter Island vale o que vale, pelo género de filme que é. Sobretudo é fiel a um estilo, a um género. E dentro desse género é muito bom, muito bom mesmo. Embora o Di Caprio esteja bem, concordo com o crítico do Público quando diz que "por mais que tente, não consegue atingir o nível de intensidade necessária para habitar a sua personagem".
Vi o filme este fim de semana e desde a algum tempo que, na minha opinião, o scorsese, tem cedido cada vez mais, mas sempre somente um pouco de cada vez, a Hollywood. se isso significa que se tem tornado mais mainstream não sei, sei sim que houve alguma coisa com a qual não fiquei completamente satisfeito com este filme. Não me parece que este seja o terreno onde o scorsese se sinta mais à vontade e penso que isso se nota no filme. desconfio que essa é a razão para o uso de tantos planos. E depois temos o Di Caprio, que como de costume fica uns furos abaixo daquilo que o filme exige.
O Scorsese já há muito tempo que se colou a Hollywood, já há muito que se tornou mainstream. E as apostas em Di Caprio são um reflexo dessa sua intenção, um dos actores mais populares do panorama cinematográfico actual. Eu considero Scorsese como um cineasta clássico, não no seu cinema, mas clássico na postura, na maneira de estar no cinema. Parece-me que tenta reinventar aquela Hollywood clássica que se perdeu, só que não é capaz. Mas gostei do filme.
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