
Em
La Sconosciuta, Tornatore pisa terrenos desconhecidos, caminha fora do seu território. Gostei do ambiente negro, da queda para o
thriller, para o mistério. Gostei dos planos, da comunicação entre câmara e espectador. E a banda sonora cai que nem uma luva naquele ambiente, naquela história. Mas tudo muito artificial, muito maquilhado, a aproximar-se do
mainstream (como já é habitual em Tornatore).
La Sconosciuta quer ser um
thriller psicológico mas cai no facilitismo, no enredo melodramático daquela mulher, cai na vitimização de Irena. Quer expor a prostituição, o tráfico e a escravidão de mulheres de leste, mas perde-se no enredo, perde-se no amor maternal, perde-se nos
clichés habituais do
thriller. Quanto a mim, prefiro o cinema a que Tornatore nos habituou.
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