22 de maio de 2018



Elena et les hommes do Renoir é um filme que atesta (e é um dos seus filmes finais) a grandiosidade do seu cineasta. A primeira coisa, ou o primeiro filme, que nos vem à cabeça ao ver Elena et les hommes é o, também de Renoir, La règle du jeu, similaridades quer no ritmo narrativo como na expressão satírica que todas as peripécias conferem ao filme. Depois, lembramo-nos de La Marseillaise (os cânticos e os louvores à sua França e à república), de Boudu sauvé des eaux (o humanismo que está presente não só nestes dois como em todo o seu cinema), de Le carrosse d'or e até de French Cancan. Elena et les hommes (tal como La règle du jeu - e, se nessa monstruosidade e aclamada obra, Renoir satirizava a burguesia, aqui fá-lo com a nobreza e o poder, elevando o amor e o romantismo) é um desenfreado e energético rodopio de gags ou peripécias em torno dum triângulo amoroso situado numa França da Belle Époque maravilhosamente e despreocupadamente “pintada” ou filmada por Renoir. Obrigatório.

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