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26 de junho de 2011

Nema-ye Nazdik - Close-Up (1990)
Abbas Kiarostami

Close-up opens to a shot of a newspaper reporter (Hossein Farazmand) fetching two police officers on a taxi to go to a house on Golzar Street. A mild mannered, unassuming man (Hossein Sabzian) is led away by the officers as the reporter goes door-to-door in search of a tape recorder for the exclusive interview. The film credits appear, and immediately, a pattern emerges: all of the characters are portrayed by themselves, and the story is based of events that actually transpired. The newspapers provide a glimpse into the chaos of the scene - an announcement on the arrest of a "bogus Makhmalbaf" - and Kiarostami (off-camera) begins to conduct interviews with the parties involved. At the courthouse, Kiarostami asks for permission to film the trial, much to the confusion of the magistrate, Haj Agha. After all, why would a director of Kiarostami's stature take interest in a trivial fraud case, when far more serious and pressing cases exist on the court docket? The film then proceeds with the trial, as the participants recount Sabzian's deception and the events that lead up to his arrest. One day, while riding on a public bus, Sabzian reads a book entitled The Cyclist by film director Mohsen Makhmalbaf. The book catches the eye of Mrs. Mahrokh Ahankhah, and Sabzian, a film lover, impulsively claims that he is Makhmalbaf. He is invited into the Ahankhah household where he begins to survey the house as a potential setting for his new film. The Ahankhah family contend that Sabzian was taking an inventory of the house in preparation for a robbery. Sabzian explains that he was merely humoring the family's seeming interest in appearing in his film: a film that he, had he the financial means, would surely make. Soon, the sad, sympathetic portrait of Sabzian's life is revealed: a poor, underemployed printer's assistant, divorced by his wife, who found confidence and self-respect in impersonating the famous film director. But is his remorse genuine, or another act designed to win sympathy from the court? Is he playing a role for the benefit of Kiarostami's camera? Sabzian's true intentions remain ambiguous until the remarkable, deeply moving scene when he meets his impersonated idol, Mohsen Makhmalbaf, in person. It is a searingly honest and intensely personal moment for the reverent Sabzian and gracious Makhmalbaf, that the question arises: are we still watching a film or real-life unfold before us? To Abbas Kiarostami, it is all one and the same phenomenon - a captured moment in the evolving document of life.

11 de abril de 2011

Mossafer (1974)
Abbas Kiarostami

Mossafer, retracto cuspido do realismo, estória simples dum miúdo que não quer nada com os estudos e só pensa no futebol. Da simplicidade nasce a irremediável aventura do tal puto que tudo faz para arranjar dinheiro e ir a Teerão ver a selecção iraniana. O que interessa, ou o que é realmente importante nesta história de ilusão infantil é a forma como Kiarostami (e forma que viria a “cunhar” o seu cinema) relaciona aquele realismo com o seu lirismo, coisa bela não só nesse relacionamento como no poder das imagens e da sua crueza. O que interessa é que esse lirismo em comunhão com o realismo acentua não só toda a noção daquele “mundo” em que aquele miúdo vive como a própria percepção deste nos seus actos, coisa culminada naquele final assombroso (e onírico) que diz tanta coisa. Grande Kiarostami.

27 de dezembro de 2010

Copie Conforme (2010)

Copie Conforme desdobra-se na palavra, complexa-se na auto-reflexão (daquele casal em crise emocional de meia-idade) sobre a mudança, sobre o tempo. O que foi e o que é, a perca do romantismo, a carência da paixão que se desvanece com o tempo, com a idade. A imensidão do espaço que o trabalho ocupa numa relação, a ausência da cumplicidade pretendida. Copie Conforme deambula pela arte (e por aquele fascinante décor, pelo espaço que as personagens ocupam, pelo olhar de Binoche, pela expressividade daquele casal) e suas questões de original/cópia para atracar na insistência de reanimar o romantismo (confundido com amor) perdido. Copie Conforme é claramente (e a isso atesta a evasão à simplicidade a que nos habituou) o filme mais europeu de Kiarostami.

23 de junho de 2010

Hamsarayan - O Coro (1982)


















Em Hamsarayan, Kiarostami apresenta dois ambientes opostos, o rural e o urbano. Convivem lado a lado, como convive o velho, protagonista da curta-metragem, com a falta de audição. Mas, se por momentos essa falta de audição lhe traz benefícios (quando tira o aparelho do ouvido para não ouvir o ruído citadino e o palrar aborrecido de um sapateiro de rua), Kiarostami traz também a situação que origina o tal coro (das crianças onde estão inseridos os seus netos) numa incessante tentativa de se fazer ouvir. Se num momento temos o lado benéfico da surdez (o silêncio absoluto que por vezes dá jeito), por outro temos a carência humana da audição, a necessidade que temos em ouvir. E nesses momentos em que a ausência de audição do velho está presente, Kiarostami mostra-a literalmente (ou melhor, sonoramente), porque temos mesmo uma completa ausência de som na tela. Ou seja, somos ao mesmo tempo espectador e protagonista, vivemos por momentos o que aquele velho vive sem audição (embora saibamos que os netos e todas as crianças que se lhes juntam estão na rua formando o tal coro na esperança de que o avô ouça e lhes abra a porta [e por isso somos ao mesmo tempo espectadores e protagonistas]). Hamsarayan vive da simplicidade com que trata a sua mensagem, da forma como trata o ser humano, como segue aquele velho e lhe tenta "ensinar" os dois lados dessa surdez.

21 de junho de 2009

Zendegi Va Digar Hich - E a Vida Continua (1991)

Um filme de Abbas Kiarostami






E hoje dei comigo a pensar neste filme, na sua beleza poética e simplicidade narrativa que me agradou tanto quando o vi pela primeira vez há muito tempo, quando descobri que o cinema ía muito mais além que América e Europa e que a simplicidade ultrapassa qualquer argumento de grandes conspirações e coisas afins.
E Kiarostami é que tem razão, aconteça o que acontecer...a vida continua.