5 de agosto de 2012


“Wagon Master” de 50 deve ser das coisas mais bíblicas de Ford que me lembre, tanto quanto outro grandioso dele, também esse tão bíblico quanto os mais bíblicos do De Mille, “3 Godfathers”de 48. “Wagon Master”, para Ford o mais puro e o mais simples dos seus westerns, é coisa onde a justeza e a seriedade e a honradez tudo são para aqueles dois cowboys e para aquele pastor outrora pecador, eles vendem cavalos enquanto o pastor dos mórmons anda com a sua “legião” em busca da sua (e da deles) terra prometida. Mas a viagem para a tal terra prometida, coisa que agrada aos tais dois cowboys porque há uma certa dama que lhe encanta a vista a um deles e por isso aceitam a proposta do tal pastor de os guiar (aos mórmons) pelo deserto rumo ao tal paraíso ansiado, a viagem que percorre o seu Monument Valley vai ser mortificada como é de esperar num filme de cowboys onde os índios também lá andam mas onde o grande inimigo são os fora-da-lei que tal usurpadores comem e bebem e se abrigam à pala dos tais mórmons para depois, sem gratidão e sim com cólera e ódio, os tais cowboys fugidos à lei aniquilarem toda a paz e toda a tranquilidade daquela gente, qualquer coisa como o irromper das impetuosidades e das irascibilidades daqueles criminosos, coisa que até ao final imerge nas hesitações e no medo daquela gente abalroada pelos tais foras-da-lei.

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