15 de maio de 2017

2 comentários:

Álvaro Martins disse...

(2012) Centro Histórico - Aki Kaurismäki, Pedro Costa, Víctor Erice, Manoel de Oliveira

Álvaro Martins disse...

Há em todo o filme (ou nos 4 filmes/curtas) todo um sentimento de saudade e de solidão que fala sobretudo da identidade...talvez da alma ou da pátria ou até mesmo da linguagem… o filme do Erice é o mais tocante, assim como o mais directo, documental, os testemunhos, o acordeão que toca a Trova do Vento que Passa do Adriano Correia de Oliveira é esse testemunho e essa analogia da saudade ou da nostalgia do que foi, da identidade….coisa perdida…

Mito, fado e história, mistura das artes envoltas na procura duma coisa perdida ou pré-estabelecida como desvanecida no tempo…fica a fotografia no Erice, fica o fado ou a música no Kaurismäki, fica a estátua do conquistador e os seus turistas que não lhe dão descanso no Oliveira… fica Ventura e o que foi no Pedro Costa…na negrura do seu ambiente o soldado que no fundo ele é, Ventura o espelho do que foi, a velhice e a sua ida ao médico no mais latente retracto da saudade, da solidão, do que resta do que foi…