24 de outubro de 2015

Futatsume no mado da Naomi Kawase é uma reflexão sobre a vida e a morte, sobre o espírito, sobre a inquietude da adolescência e do amor, a espaços procura-se uma questão metafísica sobre a própria vida e a morte, misticismos e ritos ao barulho numa quietude que atravessa não só a água que faz parte do título do filme como da terra e do ar, tudo envolto num realismo apático e imerso na confrontação do indivíduo (principalmente aquela filha) com a morte e as relações interpessoais do ser humano. Ozu e Naruse estão bem presentes em Futatsume no mado e isso fazem dele um filme muito interessante, não só a serenidade como o confronto de gerações, bem como a aceitação da morte (como em Tokyo Monogatari).

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